No sentido da palavra...

Confesso, não entendia absolutamente nada daquele momento,
sentia o vento, que não brisava sobre meu cabelo do mesmo jeito.

Mesmo jeito esse, poder dos seus dedos, que por eles deslizavam de maneira rápida como se fosse um animal.
Pedras? Quantas eu atirei contra a parede.
Erros? Cometi já tantos.
Derrotas? Mais do que vitórias, o que faz cada uma ser realmente significativa.

Significativa do que?
Daquilo que eu poderia ser, se não fosse eu.

Eu tinha ali algo que eu achei que nunca teria,

algo incrivelmente e surpreendentemente relevante

Por que? Simples, surpreendeu por que foi uma paixão inicialmente platônica
Como assim? Se eu te contar, da pra gerar uma crônica
Então? Vamos deixar isso para outrora, apenas fica comigo, pra sempre?

Por que eu só quero te ver, tragando seu cigarro e tomando outro gole daquela dose nossa.

Certeza que de uma noite e várias tentativas, acho que comecei aos poucos a te entender, e vi em você muito do que eu já vi em mim, 

se isso é bom ou sé é ruim eu não sei, 

seu traço era meu delírio, me levava ao mais alto grau de típicas travessuras
Era assim? Assim, sim.
E no meu ver, é a certa pra mim ter comigo até o fim.